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 Wlliam Denbrought

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Corbeau
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William Denbrought




Bill Denbrought nasceu em um pequeno condado da Irlanda, em princípios do século XVIII. Esse condado chamava-se Derry. Sua família era parte de uma pequena elite local. Une Petite Noblesse, mas infelizmente estavam falidos. Tudo o que restava daquela antiga família era seu pequeno solar em ruínas. O pai de Bill chamava-se Angus e era o terceiro filho de seu avô, fora completamente da possibilidade de sequer herdar aquele velho solar. Sua mãe fazia parte do populacho, os camponeses daquela região. Ele foi concebido em uma antiga festa dos camponeses, conhecida como Beltane.

Sua mãe foi a chamada Filha da Primavera e ele nasceu nove meses depois das farras. Assim que o pequeno garoto nasceu seus pais se preparavam para fazer uma longa viagem. Eles iriam ao novo mundo em busca de um futuro melhor, ou mesmo de um futuro.

Como a maior parte dos navios que viajavam em direção à América, o que levou aquela pequena família rural tinha entre seus tripulantes alguns gatos. Eles serviam para impedir que os ratos se desenvolvessem demais no navio durante a viagem e consumissem as provisões. Sua família seguiu para o terreno hoje ocupado pelo estado do Maine, nos Estados Unidos da América. Aquela viagem fez com o que o bebê recém nascido ganhasse um imenso medo de uma criatura bem singela. Os gatos, sim aqueles mesmos que impediam a infestação de ratos. Os gatos viviam passando por ele e durante as noites faziam ruídos cada vez mais estranhos. Tenho certeza de que você conhece o lamento dos gatos, e para um recém-nascido era realmente terrível.



A colônia prosperou grandemente por algum tempo, vários anos na verdade até que algo terrível aconteceu. As crianças começaram a desaparecer. Não uma, ou duas, mas várias. Mas logo reapareciam, só que não da mesma forma como tinha sumido. Elas eram encontradas, sim, porém mortas. Algo terrível acontecia com aquelas crianças. A família de Bill vivia tranquilamente na colônia, seu pai era um prospero comerciante naquela terra e nosso garotinho não era mais um
garotinho. Fazia quase vinte anos que tinha deixado a Irlanda e se estabelecido ali quando os desaparecimentos começaram. Bill estava noivo no momento da verdadeira catástrofe. Todos eles foram consumidos, ou pelo menos, quase todos. Dos quase trezentos e quarenta habitantes daquela pequena comunidade colonial apenas um sobreviveu.

Creio que você já consegue imaginar quem tenha sido, não? Acertou se pensou em Bill, ele sobreviveu ao massacre mas sobreviveu de uma maneira que teria sido melhor se desaparecesse junto com os outros. Sua mente foi estraçalhada durante o massacre, ele falhou em proteger àquela que tinha escolhido para desposar e tudo isso por causa dos gatos. Malditos gatos. Não conseguiu fazer nada, nem ver nada, tão desesperado estava. Um ataque de enormes gatos, foi isso que ele viu.

Centenas deles, consumindo todos os seus conhecidos e o som, aquele terrível som. Sobreviveu sabe-se lá como. Escondido na floresta, delirando e com febre. Revendo a todos os momentos todos aqueles que tinham sido consumidos, e eles chamavam-no para flutuar, diziam que todos eles flutuariam juntos.

Depois de pelo menos uma semana assim, um homem apareceu. Alguém que jamais tinha visto na colônia e que disse se chamar Robert Gray. Bill não tinha força alguma para resistir às belas palavras daquele ser. Ele dizia ter escolhido Bill por algo, para algo. Juntos viveriam pela eternidade, juntos fariam com que os gatos pagassem por tudo o que tinham feito. E Bill na ânsia em que estava disse:

- Farei tudo o que quiser, se me ajudar em minha vingança.

Aquelas palavras selaram seu destino para todo o sempre. Suas palavras foram ditas em uma mistura do dialeto celta com o inglês e logo que terminou de pronunciá-las sentiu um prazer indescritível percorrendo seu corpo frágil. Algo tinha perfurado seu corpo, e sugava sua vitalidade mas era tão bom, era como se fosse ao céu. Era como se estivesse em uma celebração de Beltane, o mesmo que sua mãe e seu pai tinham celebrado há quase dezenove anos. Ele não sabia, nem poderia se lembrar, mas naquele dia completava exatos dezoito anos.

Foi transformado em um vampiro, uma notável criança da noite do clã malkaviano. Por alguns meses seu senhor, Robert Gray, ensinou-lhe sobre a noite e sobre a lei entre os cainitas. Seu senhor contou-lhe sobre a iluminação que estava por traz da loucura e as verdades escondidas. Ele viveu naquelas terras por um bom tempo, mesmo quando seu senhor dormiu. Robert Gray não ficava acordado por muito tempo. Uma ou duas estações, no máximo um ano. Com o tempo ele cansou daquele lugar e partiu e direção a uma nova cidade chamada Chicago, onde viveu dias de glória.

Tinha construído uma pequena fortuna com o negócio das madeireiras no Maine e usou desses recursos para se estabelecer na nova cidade.

Ali ele começou uma nova existência. Enormes estudos sobre o oculto, estudos voltados à construção de um panteão de mitos para que pudesse brincar com os mortais, para que eles pudessem conhecer a verdade através de seus olhos. Se tornou um escritor barato, vendia brochuras que tratavam do além. É claro que nunca falava sobre os noturnos. Era insano, mas não idiota. Sabia que se escrevesse sobre sua espécie, pelo menos se escrevesse a verdade sobre sua espécie ele se tornaria uma vítima da camarilla, organização a que passara a respeitar em Chicago. Ele assumiu uma tendência a se misturar com a sociedade cainita daquele lugar, mas queria algo. Ocultar seu sentimentos, permitir que só travassem conhecimento do que ele permitisse e por isso passou a estudar as antigas artes da representação.

Em Chicago conheceu uma pequena garota, uma garota a quem resolveu presentear com a vida eterna. Ela era tão linda, mas tão linda que resolveu imortalizá-la com aquela aparência. Mas ela não vivia em sua cidade, morava na New York o que irritou o vampiro. Ele usou de todos os meios para fazer com que ela retornasse a Chicago, para viver com a avó. E conseguiu isso. Precisou assassinar muitos mortais, precisou com que muitos deles sofressem terríveis acidentes e o último desses acidentes aconteceu na Cidade Luz, Paris. Ele mesmo matou a mãe de Cláudia lançando-a ao Sena.



Depois disso retornou a Chicago atrás da pequena Cláudia que vivia com a avó e logo a abraçou, partindo de volta a Paris. Era o século XIX. Começo do século quando chegou definitivamente à sua morada. Paris, Une Ville Três Jolie. Tinha se apaixonado por ela quando precisou passar por suas ruas e tinha encontrado muito material de trabalho, para seguir com suas pesquisas.

Viveu um belo século, viu a queda de Napoleão, cresceu em poder e influência na cidade e foi nomeado primogeno do clã da Lua ali. Por volta dessa época conheceu um outro malkaviano, que dizia ter recebido uma grande iluminação. Tinha recebido por meio de ditados e visões uma doutrina maravilhosa a que passou a chamar de Thelema. Tal doutrina resumia-se em poucas palavras: “Faze o que queres há de ser tudo da Lei.” Esse malkaviano foi conhecido entre os mortais como Aleister Crowler e juntos trocaram conhecimentos. Aleister partiu para as Ilhas, deixando em Bill um dos maiores defensores das palavras da Lei e sob o Auspicius de ambos desenvolveu-se a A.A. Astrum Argentum.



Em meados do século XX Bill ficou órfão. Durante todo o tempo em que deixou o Maine, ele sempre retornava à terra de seu abraço durante o período em que seu senhor despertava ao fim de ciclos de cerca de 30 anos. No último desses ciclos ele não pôde comparecer e em determinada noite de 1985 ouviu o grito de terror e morte que Robert Gray lançou. Apesar disso continuou em comunicação com seu senhor após a destruição do mesmo. Robert Gray manteve um forte vestígio
de sua consciência na rede de loucura. Não possuía mais uma grande individualidade, porém ainda era capaz de se comunicar com sua única cria.
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